domingo, 10 de maio de 2009

Teresina lidera ranking de suicídios no Brasil


Texto: Jadson Osório

De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), Teresina lidera o ranking das cidades com maior número de suicídios femininos no Brasil. A nível de Nordeste, o Piauí já atinge o topo da lista de suicídios em geral, registrando altos índices na faixa etária que vai de 15 a 24 anos. No intuito de prevenir esta prática tão alarmante no cenário piauiense, há 23 anos foi criado o Grupo de Apoio Fraterno (GAF), que desenvolve atividades de amparo a potenciais suicidas e pessoas emocionalmente fragilizadas.

O Grupo é inspirado no Centro de Valorização da Vida (CVV) que já existe em todo o país, há mais de 40 anos. Segundo o coordenador de divulgação do GAF, Eyder Vila Nova, a metodologia é desenvolvida por meio de palestras, assistência social e principalmente, através de uma linha telefônica disponível a escutar sem preconceitos, sem discriminação a todos que ligam. “Estamos tentando tornar o trabalho do GAF mais desvinculado do suicídio, não nos restringimos apenas a isso”, explicou Eyder Vila Nova, acrescentando que o GAF é uma instituição sem fim lucrativo e desligado de qualquer crença religiosa.

As atividades desenvolvidas dentro do grupo são realizadas por voluntários. Além do atendimento pelo telefone (3222-0000) o grupo tem o projeto de criar um site para divulgar melhor suas ideias, no intento de prevenir cada vez mais o suicídio no Estado do Piauí.

Números Alarmantes

Por cada suicídio cometido com sucesso registram-se pelo menos outras vinte tentativas frustradas, resultando, na maioria das vezes, em lesões físicas graves e forte abalo emocional ao suicida, a sua família e aos seus amigos. Estimativas da OMS registram que cerca de 3.000 pessoas suicidam-se todos os dias no mundo, uma a cada trinta segundos.

O suicídio é hoje a terceira causa de mortalidade entre jovens e adultos de 15 a 34 anos, no entanto a maioria dos casos ocorre com pessoas de mais de 60 anos. Entre as principais causas e propensões deste mal estão: a depressão, o abuso de drogas e de álcool, transtorno bipolar, antecedentes familiares, descontentamento com contexto socioeconômico e saúde frágil.

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