sexta-feira, 19 de junho de 2009

Jornalistas piauienses falam sobre decisão do Supremo

Por: Jadson Osório (jadsonosorio@hotmail.com) e
Jordana Cury (danacury@hotmail.com)

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a exigência de diploma para exercício do jornalismo fere a liberdade de expressão. A decisão foi divulgada na quarta-feira (17), mas ainda se mantêm atual em redações de jornais e em salas de universidades no Brasil inteiro. O ato do Supremo não acaba com o curso universitário, mas permite que as empresas jornalísticas decidam sobre os critérios para a contratação de seus profissionais de forma aleatória.
O diploma era exigido há 40 anos, mas desde 2006 uma liminar do STF garantia o exercício da atividade jornalística aos que já atuavam na profissão independentemente de registro no Ministério do Trabalho ou de diploma de curso superior na área. Agora os ministros do Supremo decidiram que não é necessário diploma para ser jornalista.
O Aprendizes.com procurou representantes da classe jornalística no Piauí para falar sobre o assunto:
“Um golpe na qualidade da informação jornalística no Brasil. O Supremo transferiu às empresas o direito de dizer quem tem acesso a profissão de jornalista no País.”
Luís Carlos Oliveira, presidente do Sindicato dos Jornalistas Piauienses
“Embora pareça simples, a atividade jornalística é complexa, tanto do ponto de vista técnico, quanto do ponto de vista ético. O curso é que oferece ferramentas para uma conduta profissional mais condizente com as exigências da sociedade. O diploma não exclui da mídia a manifestação do pensamento e da liberdade de expressão de quem quer que seja.”
Zózimo Tavares – Editor chefe do Diário do Povo
“Essa decisão abre a possibilidade de qualquer pessoa exercer a profissão de jornalista, em detrimento de quem estuda e se dedica à atividade. Por outro lado, creio que agora mesmo é que devemos dar importância ao curso superior, à formação profissional e ao aprendizado científico. Para quem quer mesmo ser jornalista, no final das contas é essa formação que vai fazer a diferença.”
Mussoline Guedes – Editor do Jornal O Dia
“Essa história de que as empresas vão continuar exigindo formação nas contratações é lorota, e quem assim como eu, trabalha no meio sabe o tamanho da lorota. Se antes, já não tínhamos órgãos de defesa da categoria respeitados, imagine agora?”
Ana Cândida Martins - Jornal Meio Norte.



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